sábado, 17 de novembro de 2007

Funasa: Fraude até no banheiro

"(...)Na casa da lavradora Betânia de Sousa, na cidade de Brejo Santo, no interior do Ceará, a instalação em 2004 de um banheiro modesto custou, no papel, R$ 1.500. Onde foi parar a diferença, já que o preço foi inflado? A conseqüência: faltou dinheiro para fazer banheiros na casa da mãe e de uma irmã de Betânia, que moram na vizinhança. Segundo os auditores, se a construção do banheiro de Betânia não fosse superfaturada, daria para fazer um igual para a mãe e outro para a irmã."


Danilo Forte (à esq.) atribui os desvios à gestão anterior. Mas ele assinou a liberação de verbas para pagamento de empresas envolvidas nas irregularidades.
Matéria da revista Época, "mostra como é facil desviar verbas na Funasa"; Sob a vigilância do governo, o preço de uma compra de remédios caiu de R$ 120 milhões para R$ 12 milhões.
Documentos obtidos por ÉPOCA mostram que Danilo Forte autorizou o pagamento para empresas que, de acordo com a CGU, estão envolvidas nas principais fraudes com dinheiro da Funasa. A assinatura de Forte aparece na autorização para pagamento de uma fatura de R$ 1,1 milhão, no dia 14 de novembro de 2006. O pagamento foi feito para a empresa Digilab, encarregada de implantar a TV Funasa, um projeto que provocou a queda de Paulo Lustosa. Segundo o Tribunal de Contas da União, o preço que seria pago à Digilab era de 11 vezes o previsto em contrato. ÉPOCA ouviu o ex-presidente Paulo Lustosa para saber quem liberava os pagamentos assinados por Danilo Forte. Ele disse que em sua gestão Forte cuidava dos convênios com os municípios e também autorizava pagamentos. “O que vale na vida é o papel”, afirmou Lustosa."

Nenhum comentário: