
A peça Os Sertões, sob direção de José Celso Martinez, estará em cartaz de 14 a 18 do mês que vem, em Quixeramobim. Trata-se de adaptação para o teatro do livro homônimo de Euclides da Cunha com o tema Canudos. A prefeitura e o governo bancam a festa orçada em R$ 400 mil. A prefeitura entra com R$ 200 mil. (da coluna Vertical, O Povo).
A peça “Os Sertões” já deu muito o que falar no meio artístico. Zé Celso chocou muitas pessoas com a sua montagem do clássico livro de Euclides da Cunha por causa do excesso de nudez e da interatividade do público com os artistas.
Na turner iniciada em 30 de agoste passado, foi a primeira vez que o espetáculo de 26 horas viajou completo com as cinco partes "A Terra", "O Homem 1", "O Homem 2", "A Luta 1" e "A Luta 2" .
"Com manchetes do tipo “orgia pornográfica” e “grande enlambuzamento do público”, diversos jornais burgueses da imprensa marrom exaltaram-se há algumas semanas sobre a apresentação do grupo brasileiro Teatro Oficina no Volksbühneem Berlim - um espetáculo que sem dúvida chamou muita atenção. Na verdade, não estavam fazendo mais que um alarde histérico sobre uma espécie de “instituição para melhorar a civilização” eternamente frágil e de eficácia duvidosa: o teatro – que sem dúvida desempenha melhor essa função quando, ao invés de se apresentar ao público com “botões fechados”, prefere “abrir os botões”, e assim agir não apenas no sentido de “melhorar”, mas também, digamos, de “distrair”, com o fim de mudar alguma coisa.
Felizmente nossos colegas da imprensa marrom – quer por falta de interesse, quer por falta de força física – não acompanharam até o fim esse teatro total, cujas 24 horas de duração foram divididas em 4 dias de apresentações. Pois do contrário eles teriam ainda muito mais sobre o que escrever e reclamar - por exemplo do jovem que se masturbou ao vivo até gozar de verdade (!), o jorro parecendo um chafariz, ou das sete mulheres que, deitadas no chão em forma de uma estrela, mantinham suas coxas abertas de modo que suas rosadas flores íntimas apareciam ..." (GERD HARTMANN, quando da apresentação da peça em Berlim)
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